O leitor já não é mais o mesmo e, após anos, a receita para se fazer um bom livro mudou
O mundo está cercado de informações por todos os lados. No entanto, tamanho excesso e rapidez deixam uma pergunta no ar: afinal, as pessoas estão deixando de ler? Uma pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Ibope, em 2012, apontou que sim. Segundo o levantamento, aqueles que haviam lido ao menos uma obra nos últimos três meses, e são considerados leitores, caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011.
Passado alguns anos, esses dados tornaram-se controversos, levando em conta o hábito cada vez mais comum de ler, escrever e compartilhar experiências nas redes sociais. Para acompanhar o ritmo, uma nova maneira vem se destacando: a fragmentação.
Passado alguns anos, esses dados tornaram-se controversos, levando em conta o hábito cada vez mais comum de ler, escrever e compartilhar experiências nas redes sociais. Para acompanhar o ritmo, uma nova maneira vem se destacando: a fragmentação.
Literatura

As apostas continuam e, esse ano, a publicitária Clarice Freire, de apenas 25 anos, também ganhou sua própria publicação, Pó de Lua. Assim como Pedro, ou Antônio, ela expandiu seus pensamentos através do Facebook – Blog, Instagram e tudo mais – e acabou como destaque das principais livrarias do país.
Quadrinhos
Desde que surgiram as tirinhas brasileiras utilizam o humor para lançarem críticas e sátiras, e ganharam visibilidade ao serem introduzidas em jornais semanais. Caíram no gosto popular pela praticidade. Agora, tais características integram o universo da leitura online.
Cada tirinha expressa o repertório do criador, podendo trazer dizeres, mesmo sem ter um desenho escultural, ou, ainda, somente desenhos sem mensagens. Esqueça a sequência de três quadro, pois agora não há somente um padrão. O fundamental é transmitir uma mensagem que faça o leitor refletir.
A página Infame Lúdico começou em 2010 e de lá pra cá, conseguiu em torno de 16.494 curtidas. O que chama atenção é o traço minimalista do criador, Rafael C. Nemer. Em entrevista abaixo, ele fala mais sobre o assunto:
Vitrola: Como você descreve a estética do Infame Lúdico?
Rafael: Não foi nada planejado e nem muito pensado. Praticamente tudo é a mesma coisa que era quando comecei: as cores e os traços são bem simples, pois é a forma como sei fazer. Assim, creio que os quadrinhos tenham uma estética própria.
V.: Existe alguma mensagem principal que você queira passar?

V.: Como acredita que a internet pode contribuir para a disseminação dos quadrinhos?
R.: É o meio onde tudo acontece e é divulgado, compartilhado e curtido. Para disseminar sua arte, é a ferramenta perfeita; para fazê-la ser refletida, deixa a desejar. Grande parte das vezes, sua frase, poesia, ou tira é só mais uma imagem a ser consumida, entre tantas outras.
V.: Como avalia o cenário atual de tirinhas?
R.: Percebo muitas coisas interessantes com o pouco que vejo na internet. Admiro muito tirinhas com bons conteúdos, discussões, filosofias e, vez ou outra, humor, quando bem feito. Cada autor com sua forma de desenhar, escrever e juntar os dois. Eventualmente, a internet é uma máquina de divulgação que, como nas produções em grande escala, às vezes peca no controle de qualidade.
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Vai ver:
Eu me chamo Antônio: www.eumechamoantonio.comPó de lua: www.podelua.com
Infame lúdico: www.infameludico.blogspot.com
Anna Bolenna: www.annabolenna.com.br
Intrínseca: www.intrinseca.com.br
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